Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 21
Filtrar
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(3): 937-946, mar. 2022.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1364702

RESUMO

Resumo O ensaio enfatiza a reflexão psicossocial do psiquiatra martinicano Frantz Fanon. Seu pensamento tem expressão na crítica da dominação colonial e do racismo, destacando-se as obras Pele negra, máscaras brancas e Os condenados da Terra. Uma transcendência literária forja seu discurso apaixonado e libertador, relevante nas teorizações pós-coloniais e decoloniais. Crescentemente reconhecido pela discussão política do mundo diaspórico contemporâneo, suas ideias e práticas médico-sociais, precursoras na atenção à saúde mental, são menos conhecidas. Referenciado por Paulo Freire e Boaventura de Sousa Santos, Fanon releva a cultura na discussão de uma sociogênese do sofrimento mental e na crítica à inadequação da psicanálise eurocêntrica para lidar com a opressão colonial e o racismo. Fanon, embora citado por Franco Baságlia, não figurou como referência para a Reforma Psiquiátrica Brasileira, mas seu pensamento descolonial e antirracista se revela, em perspectiva, uma importante contribuição para a saúde coletiva.


Abstract The essay emphasizes the psychosocial reflection of the Martinican psychiatrist Frantz Fanon. Fanon's thought is marked by criticism of colonial domination and racism, as in "Black Skin, White Masks" and "The Damned of the Earth." A literary transcendence signalizes his passionate and liberating speech, relevant in postcolonial and decolonial theories. Fanon is increasingly acknowledged for his political discussion of the diasporic contemporary world, although his medical and social ideas and practices, as precursors in mental health assistance, are less well known. Mentioned by Paulo Freire and Boaventura de Sousa Santos, Fanon stresses culture in his sociogenesis and when he criticizes the inadequacy of Eurocentric psychoanalysis to deal with colonial oppression and racism. Although he was cited by Franco Basaglia, Fanon did not feature as a benchmark in Brazilian Psychiatric Reform, though his decolonial and antiracist thought, is, when viewed in perspective, is an important contribution to Public Health.


Assuntos
Humanos , Masculino , Psiquiatria , Transtornos Mentais/psicologia , Transtornos Mentais/terapia , Fala , Saúde Mental , Saúde Pública
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(6): e00243421, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374851

RESUMO

O ensaio epistemológico objetiva informar sobre contribuições das críticas pós-colonial e decolonial para a contextualização do conceito de cultura na Epidemiologia. O pensamento pós-colonial, partindo do questionamento ao imperialismo britânico, e o decolonial, de origem latino-americana, dizem da persistência da colonialidade na cultura e na ciência. Com dimensão simbólica abrangendo sentidos diversos que vão da conservação à mudança e engendram hierarquizações sociais que favorecem a opressão, cultura é conceito polissêmico com trânsito interdisciplinar desde a Antropologia. Delineiam-se no texto perspectiva e forma do olhar, enfatizando-se a opção pelo ensaio; apresenta-se o conceito de cultura; indicam-se nos pensamentos pós-colonial e decolonial relações com a cultura relevantes para a Epidemiologia; aborda-se o uso do conceito na interdisciplinaridade entre Antropologia e Epidemiologia, resgatando-se propostas próximas da reflexão sobre colonização; sintetizam-se potenciais contribuições em apreciação epistêmica sobre Epidemiologia e o conceito de cultura. Amarras colonizadoras, como o sentido de dominação da natureza, a subordinação à biomedicina ocidental, o uso de classificações e variáveis forjadas segundo hierarquizações e oposições binarizadas, a desconsideração dos saberes populares, podem ser expostas pelas críticas pós-colonial e decolonial nas bases da Saúde Coletiva, e especialmente na ordenação teórico-conceitual epidemiológica hegemônica formulada segundo padrões culturais estranhos às realidades locais. As críticas pós-colonial e decolonial podem ser reveladoras da presença de racismos científicos e culturais invisibilizados na Epidemiologia.


This epistemological essay aims to inform about contributions of postcolonial and decolonial criticisms to the contextualization of the concept of culture in Epidemiology. The postcolonial, based on the questioning of the British imperialism, and the decolonial thought, of Latin American origin, reveal the persistence of coloniality in culture and science. Culture with its symbolic dimension encompassing diverse meanings ranging from conservation to change and creating hierarchies that favor oppression is a polysemic concept with interdisciplinary motion since Anthropology studies. The text outlines the perspective and shape of the gaze, emphasizing the essay format: the concept of culture is presented; the relation between post- and decolonial thought and culture are indicated as relevant to epidemiology; the use of the concept is approached in the interdisciplinarity between Anthropology and Epidemiology, reviewing proposals close to the reflection on colonization; and the potential contributions in epistemic appreciation on Epidemiology and the concept of culture are summarized. Colonizing ties as the sense of domination of nature, subordination to Western biomedicine, the use of classifications and variables forged according to binarized hierarchization and oppositions, and the disregard of popular knowledge can be exposed by postcolonial and decolonial criticisms in the bases of Collective Health, and especially in hegemonic theoretical-conceptual epidemiological ordering formulated according to cultural patterns foreign to local realities. Postcolonial and decolonial criticisms can reveal the presence of scientific and cultural racism concealed in Epidemiology.


El ensayo epistemológico pretende informar sobre las aportaciones de las críticas poscoloniales y decoloniales para contextualizar el concepto de cultura en Epidemiología. El pensamiento poscolonial, basado en el cuestionamiento del imperialismo británico, y el pensamiento decolonial, de origen latinoamericano, plantean la persistencia de la colonialidad en la cultura y la ciencia. Con una dimensión simbólica que abarca diversos significados que van desde la conservación hasta el cambio y engendra jerarquías sociales que favorecen la opresión, la cultura es un concepto polisémico con tránsito interdisciplinario desde la Antropología. En el texto se esboza la perspectiva y el modo de mirar, enfatizando la opción por el ensayo; se presenta el concepto de cultura; se señalan las relaciones con la cultura relevantes para la Epidemiología en los pensamientos poscolonial y decolonial; se aborda el uso del concepto en la interdisciplinariedad entre Antropología y Epidemiología, recuperando propuestas cercanas a la reflexión sobre la colonización; se sintetizan los potenciales aportes a la apreciación epistémica sobre la Epidemiología y el concepto de cultura. Los lazos colonizadores -como el sentido de dominación de la naturaleza, la subordinación a la biomedicina occidental, el uso de clasificaciones y variables forjadas según jerarquías y oposiciones binarizadas, y la desconsideración de los saberes populares- pueden ser expuestos por la crítica poscolonial y decolonial en las bases de la Salud Colectiva, más específicamente en el marco teórico-conceptual epidemiológico hegemónico formulado según patrones culturales extraños a las realidades locales. Las críticas postcoloniales y decoloniales pueden revelar la presencia de un racismo científico y cultural invisible en la Epidemiología.


Assuntos
Humanos , Colonialismo , Racismo , Brasil
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(11): 5629-5638, nov. 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350451

RESUMO

Resumo O ensaio epistemológico relaciona criticamente a epidemiologia com a pandemia de COVID-19 enquanto evento social. Explora-se a reflexão filosófica em que Agamben define contemporâneo como quem é capaz de se afastar e enxergar o lado escuro do seu tempo. À luz da crítica decolonial, questionam-se a ideia de "transição epidemiológica", com sua transcendência na teoria dos "determinantes sociais de saúde", e a disposição binarista das varáveis epidemiológicas, como suportes da estruturação quantitativa e biomédica da epidemiologia dos fatores de risco. A pretensão científica de domínio da natureza e o engendramento de um tempo histórico linear e evolutivo, que inicia com a modernidade ocidental, contextualizam os epistemicídios dos saberes populares e a colonização do saber epidemiológico. Historiciza-se a constituição do pensamento crítico decolonial e pontua-se seu potencial para a revelação do caráter estrutural da colonização do saber epidemiológico. Considera-se o futuro pós-pandemia e relacionam-se as ideias de bifurcação, originada de Ilya Prigogine e elaborada por Boaventura de Sousa Santos, e inédito viável, de Paulo Freire com a concepção do tempo como criação e a expectativa de transformação social.


Abstract This paper makes a critical assessment of epidemiology with the COVID-19 pandemic as a social event. It examines the philosophical reflection in which Agamben defines as contemporary those able to stand back to see the dark side of their own era. In the light of decolonial criticism, the concept of "epidemiological transition," with its theory of transcendence of "social determinants of health" and binarism of epidemiological variables as supports of the biomedical and quantitative structuring of the epidemiology of risk factors is queried. The scientific ambition to dominate nature and the engendering of a linear and evolutionary historical time, beginning in western modernity, contextualizes the epistemicides of popular wisdom and the coloniality of epidemiological knowledge. The theoretical constitution of decolonial thought is historically analyzed, highlighting its greater critical potential to reveal the structural colonization of epidemiological knowledge. The post-pandemic future is considered and Prigogine's idea of bifurcation - as elaborated by Sousa Santos - and Paulo Freire's untested feasibility are related with the concept of time as the creation and expectation of social transformation.


Assuntos
Humanos , Pandemias/prevenção & controle , COVID-19 , Condições Sociais , Colonialismo , SARS-CoV-2
4.
Trab. educ. saúde ; 18(3): e00295127, 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1139795

RESUMO

Resumo Tuberculose, problema global relacionado às condições de vida da população, é um agravo historicamente complexo. Nos últimos anos, a mobilização social tornou-se componente fundamental da vigilância à doença. Neste artigo, analisam-se criticamente as concepções de mobilização social para a vigilância e para o controle da tuberculose, presentes no Programa Nacional de Controle da Tuberculose (2006), no Plano Estratégico para o Controle da Tuberculose (2007-2015), no documento de descrição da implementação do Programa Fundo Global de Luta Contra a Aids, Malária e Tuberculose no Brasil e em seis produções científicas brasileiras que abordam o tema, no período de 2007 a 2016. Especificamente, o estudo objetiva compreender essas concepções, bem como discutir as relações entre elas. Todos foram examinados por meio da análise de conteúdo. Embora favorável à mobilização social, os textos remetem a algumas contradições teóricas e epistemológicas. A mobilização social é apresentada segundo uma concepção funcionalista e utilitarista (paradigma positivista da ciência), com intencionalidade regulatória em vez de emancipatória. Parece se tratar de uma mobilização social a serviço da domesticação da sociedade, que desconsidera as experiências de vida da população e da estrutura complexa de produção e reprodução social da doença.


Abstract Tuberculosis, a global problem related to the population's living conditions, is a historically complex problem. In recent years, social mobilization has become a fundamental component of disease surveillance. In this article, the concepts of social mobilization for tuberculosis surveillance and control, present in the National Tuberculosis Control Program (2006), in the Strategic Plan for Tuberculosis Control (2007-2015), are critically analyzed in the document description of the implementation of the Global Fund to Fight AIDS, Malaria and Tuberculosis Program in Brazil and in six Brazilian scientific productions, from 2007 to 2016, that address the theme. Specifically, the study aims to understand these concepts, as well as discuss the relationships between them. All were examined through content analysis. Although favorable to social mobilization, the texts refer to some theoretical and epistemological contradictions. Social mobilization is presented according to a functionalist and utilitarist conception (positivist paradigm of science), with regulatory rather than emancipatory intent. It seems to be a social mobilization in the service of the domestication of society, which disregards the life experiences of the population and the complex structure of production and social reproduction of the disease.


Resumen Tuberculosis, problema global relacionado a las condiciones de vida de la población, es un agravio históricamente complejo. Durante los últimos años, la movilización social pasó a ser un componente fundamental de la vigilancia de la enfermedad. En este artículo, se analizan de forma crítica las concepciones de movilización social para la vigilancia y para el control de la tuberculosis que están presentes en el Programa Nacional de Control de la Tuberculosis (2006), en el Plan Estratégico para el Control de la Tuberculosis (2007-2015), en el documento de descripción de la implementación del Programa Fondo Global de Lucha Contra el Sida, Malaria y Tuberculosis en Brasil y en seis producciones científicas brasileñas que abordan el tema, durante el período de 2007 a 2016. Específicamente, el estudio tiene por objetivo comprender esas concepciones, así como discutir las relaciones entre ellas. Todos fueron examinados por medio de análisis de contenido. Aunque son favorables a la movilización social, los textos remiten a algunas contradicciones teóricas y epistemológicas. A la movilización social se la presenta según la concepción funcionalista y utilitarista (paradigma positivista de la ciencia), con intencionalidad regulatoria en vez de emancipatoria. Parece tratarse de una movilización social al servicio de la domesticación de la sociedad, que desconsidera las experiencias de vida de la población y de la estructura compleja de producción y reproducción social de la enfermedad.


Assuntos
Humanos , Tuberculose , Educação em Saúde , Participação da Comunidade , Conhecimento , Vigilância em Saúde Pública
5.
Trab. educ. saúde ; 16(3): 869-897, Sept.-Dec. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-963029

RESUMO

Resumo Determinação social da saúde e determinantes sociais da saúde têm se apresentado como sinônimos em um contexto de retomada do tema. A concepção de determinação e determinantes e a historicidade desses modelos teóricos transcende o plano acadêmico, ao se considerar a particularidade envolvendo saúde pública, saúde coletiva e medicina social, em que ciência e política se relacionam estreitamente. Ao se delinearem diferenças entre essas denominações, procura-se neste ensaio recuperar, no plano teórico, a elaboração de determinação social da saúde, destacando sua relação com o conhecimento produzido na América Latina e sua repercussão no Brasil, bem como as influências dos paradigmas científicos, epistemológicos, arcabouços teóricos e projetos em disputa nesse campo. Para abranger dimensões políticas e acadêmicas que os modelos teóricos comportam, recorremos ao auxílio de autores que transitam entre diferentes campos de conhecimento. Sem a pretensão de esgotar todos os possíveis pontos de contemplação que nossa incursão proporcionou, apresentamos uma síntese de nossa concepção do modelo teórico de determinantes sociais da saúde e sobretudo de determinação social da saúde, que propomos desmembrar em duas categorias, determinação estrutural e determinação estrutural-relacional, para, ao enfatizar epistemologicamente a complexidade, permitir melhor contemplação de avanços teóricos e metodológicos.


Abstract The social determination of health and the social determinants of health have been presented as synonyms in a context in which this topic is being revisited. The conception of determination and determinants and the historicity of these theoretical models transcend the academic realm, once we consider the particularity involving public health, collective health, and social medicine, in which science and politics have a close relationship. Through the description of the differences between these two terms, our aim in this essay was to bring back, in theory, the elaboration of the social determination of health, highlighting its relationship with the knowledge produced in Latin America and its repercussions in Brazil, as well as the influences of the scientific and epistemological paradigms, the set of theories, and the projects that are in dispute in this field. In order to encompass the academic and political dimensions contained in the theoretical models, we sought the help of authors that move among different fields of knowledge. Without the intention of covering all of the points of observation that our incursion provided, we present a summary of our conception of the theoretical model of the social determinants of health and, chiefly, of the social determination of health, which we suggest should be divided into two categories, structural determination and structural-relational determination, in order to enable a better observation of the theoretical and methodological improvements, by emphasizing complexity epistemologically.


Resumen La determinación social de la salud y los determinantes sociales de la salud se han presentado como sinónimos en un contexto de reanudación del tema. La concepción de determinación y determinantes, y la historicidad de estos modelos teóricos, transcienden el plano académico, al considerarse la particularidad que implica salud pública, salud colectiva y medicina social, en donde ciencia y política están estrechamente relacionadas. Al establecerse diferencias entre éstas denominaciones, en este ensayo se busca recuperar, en el plano teórico, el desarrollo de la determinación social de la salud, destacando su relación con el conocimiento producido en América Latina y su repercusión en Brasil, así como las influencias de los paradigmas científicos, epistemológicos, marcos teóricos y proyectos en disputa en este campo. Para abarcar dimensiones políticas y académicas que los modelos teóricos comportan, recurrimos a la ayuda de autores que transitan entre diferentes campos de conocimiento. Sin la pretensión de agotar todos los posibles puntos de vista que nuestra incursión proporciona, presentamos una síntesis de nuestra concepción del modelo teórico de determinantes sociales de la salud y principalmente de la determinación social de la misma, que proponemos desmembrar en dos categorías, determinación estructural y determinación estructural-relacional, de manera que al enfatizar epistemológicamente la complejidad, permita una mejor visión de los avances teóricos y metodológicos.


Assuntos
Humanos , Saúde Pública , Epidemiologia , Conhecimento , Determinantes Sociais da Saúde
6.
Interface (Botucatu, Online) ; 22(64): 177-188, jan.-mar. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-893447

RESUMO

Discute-se a aplicação interdisciplinar de conceitos ao campo da Saúde Coletiva, e explora-se a relação do conceito de vulnerabilidade, em sua dimensão social, com a Educação em Saúde, na perspectiva da fundamentação elaborada por Paulo Freire. No desenvolvimento da Saúde Coletiva, marcado pela complexidade do jogo político, perde-se a radicalidade crítica e afloram propósitos neoliberais de conceitos afeitos à participação popular, como os de promoção da saúde e empoderamento. Vulnerabilidade remete ao sentido de fragilidade e é termo presente em diferentes campos temáticos, particularmente naquele dos Direitos Humanos. Não é conceito especialmente trabalhado por Freire, embora suas representações na Saúde Coletiva permitam pensá-lo juntamente com autonomia e dependência no contexto das relações de opressão social que constituem enfoque central na reflexão freireana, e com este sentido deve se fazer presente na Educação Popular em Saúde.(AU)


This essay discusses the interdisciplinary use of concepts applied to the field of Collective Health exploringthe relation between the concept of vulnerability, in its social dimension, and Health Education, from the perspective of the Paulo Freire teory. Through the development of Collective Health, and within the complexity of the political game, the critical radicality is missed and the neoliberal purposes of concepts linked to popular participation emerge, such as health promotion and empowerment. Vulnerability is understood as fragility specially in the Human Rights field. This it's not a concept specially worked by Freire, although its representations in Collective Health let us consider it jointly with the ideas of autonomy and dependence. This is specially relevant in the context of the social oppression relations which are the central focus in Freire's reflections, implying that it must be part of the processes of Popular Education in Health.(AU)


En este ensayo, se discute la aplicación interdisciplinaria de conceptos al campo de la Salud Colectiva y se explora la relación del concepto de vulnerabilidad, en su dimensión social, con la Educación en Salud, en la perspectiva de la fundamentación elaborada por Paulo Freire. En el desarrollo de la salud colectiva, señalado por la complejidad del juego político, se pierde la radicalidad crítica y afloran propósitos neoliberales de conceptos vinculados a la participación popular, tales como los de promoción de la salud y empoderamiento. La vulnerabilidad remite al sentido de fragilidad y es un término presente en diferentes campos temáticos, particularmente en el de los Derechos Humanos. No es un concepto especialmente trabajado por Freire, aunque sus representaciones en la Salud Colectiva permitan pensarlo juntamente con la autonomía y dependencia en el contexto de las relaciones de opresión social que constituyen el enfoque central en la reflexión freireana y con tal sentido debe estar presente en la Educación Popular en Salud.(AU)


Assuntos
Humanos , Epidemiologia , Educação em Saúde , Vulnerabilidade em Saúde , Conhecimento , Saúde Pública
7.
Physis (Rio J.) ; 26(2): 611-632, abr.-jun. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789493

RESUMO

Resumo Apresentam-se, em um ensaio crítico, a ideia e os fundamentos da vigilância civil da saúde. Trata-se de proposta elaborada por Victor Valla na década de 1990, que incorpora à vigilância em saúde a participação da população por meio da educação popular de Paulo Freire. Com o aporte de recursos da Antropologia Interpretativa e da História Nova, faz-se um contraponto entre a vigilância em saúde tradicional, modelada pela vigilância epidemiológica, e a vigilância civil da saúde. Evidenciam-se, então, permanências culturais marcantes na prática da vigilância em saúde desenvolvida hegemonicamente no Brasil. A prerrogativa de cientificidade, que leva à subordinação ao modelo clínico biomédico, a vinculação política à ideia de segurança social e o critério imperativo de urgência, características da vigilância em saúde tradicional, bloqueiam ou dificultam a participação popular. Ao final, vincula-se a vigilância civil da saúde à epistemologia do sul de Boaventura de Sousa Santos. O desenvolvimento da vigilância civil da saúde, que incorpora a participação popular à vigilância em saúde, vem ao encontro das propostas historicamente inscritas na concepção e na evolução da saúde coletiva e do SUS.


Abstract The idea and the grounds for health civil surveillance are presented here in a critical essay. This is a proposal developed by Victor Valla in the 1990s, which incorporates the participation of the population into health surveillance through Paulo Freire's popular education. With the resources input from both interpretative anthropology and the new history, a counterpoint is made between the traditional health surveillance, modelled by the epidemiological surveillance, and the health civil surveillance. Remarkable cultural permanencies in the health surveillance practice hegemonically developed in Brazil are then made clear. The prerogative of scientificity, which brings about the subordination to the biomedical clinical model, the political entailment to the idea of social security and the imperative criterion of urgency, characteristics of the traditional health surveillance, block off or raise difficulties to the popular participation. At the end, the health civil surveillance joins the Southern Epistemology by Boaventura de Sousa Santos. The development of health civil surveillance, which incorporates popular participation into health surveillance, meets the proposals historically inscribed in the collective health and conception and evolution of the SUS.


Assuntos
Humanos , Controles Informais da Sociedade , Educação em Saúde , Epidemiologia/tendências , Participação da Comunidade , Pesquisa Qualitativa , Vigilância em Saúde Pública
8.
In. Silveira, Carmen Beatriz; Fernandes, Tania Maria; Pellegrini, Bárbara. Cidades saudáveis alguns olhares sobre o tema. Rio de Janeiro, Fiocruz, 2014. p.165-187, mapas, tab, graf.
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-762329
9.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 19(3): 899-918, jul.-sept. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-651737

RESUMO

Em uma abordagem interdisciplinar, discute-se criticamente o conceito de risco epidemiológico. Apresenta-se o trabalho de Elizabeth Teixeira, que utiliza as ideias de Boaventura de Sousa Santos. Esboça-se a proposta de uma cartografia simbólica do risco epidemiológico, definindo-se escalas analíticas que vão da exterioridade e do distanciamento do campo da ciência à proximidade do território e do lugar, conceituados a partir da geografia de Milton Santos, em que concepções de risco são elaboradas na perspectiva da cotidianidade da existência social. Questões relativas a espaço, territorialidade, subjetividade e tempo dão sentido à cartografia do risco proposta como modelo para investigações epidemiológicas.


Adopting an interdisciplinary approach, the concept of epidemiological risk is critically discussed. The work of Elizabeth Teixeira, who uses the ideas of Boaventura de Sousa Santos, is presented. The proposal for symbolic cartography of epidemiological risk is sketched out, defining analytical scales ranging from exteriority and distancing from the field of science to the proximity of territory and place, conceptualized on the basis of the geography of Milton Santos, in which conceptions of risk are drawn up from the perspective of the everyday routine of social existence. Questions relating to space, territoriality, subjectivity and time give meaning to a cartography of risk which is proposed as a model for epidemiological investigations.


Assuntos
Humanos , Epidemiologia , Risco , Atenção à Saúde , Mapeamento Geográfico
10.
Interface comun. saúde educ ; 16(40): 7-20, jan.-mar. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-626392

RESUMO

Utilizando o tempo como elemento de composição interdisciplinar, discute-se o conceito de risco epidemiológico reconhecendo-se o "homem dos riscos", criado pelo epidemiologista Naomar de Almeida-Filho, e o "homem lento", criado pelo geógrafo Milton Santos. A crítica de Jean-François Lyotard apontando a ciência como discurso que desconsidera a narrativa popular é usada na argumentação. O homem lento resiste à fragmentação das identidades imposta pela globalização, tecendo criativamente a solidariedade no lugar; o homem dos riscos será o da velocidade, da modernidade, impondo uma ordem padronizadora, individualista e competitiva. O risco epidemiológico é pensado na proximidade do território e do lugar, contrapondo-se a concretude do homem lento à artificialidade do discurso epidemiológico povoado pelo homem dos riscos. A Epistemologia do Sul de Boaventura de Sousa Santos, com suas sociologias das ausências e das emergências, toma por base esta perspectiva crítica, propondo uma prática científica politicamente comprometida com a justiça social, privilegiando o saber popular.


By using time as an interdisciplinary composition element, the concept of epidemiological risk is discussed, recognizing the "risk-taking man" created by the epidemiologist Naomar de Almeida-Filho and the "slow man" created by the geographer Milton Santos. Jean-François Lyotard's criticism of science as discourse that does not take popular narrative into account is used in the argument. The slow man resists fragmentation of identities imposed by globalization and creatively weaves solidarity in its place, while the risk-taking man represents speed and modernity, thereby imposing a standardizing, individualistic and competitive order. Epidemiological risk is envisaged in proximity to territories and places, and contrasts the slow man's concreteness with the artificiality of the epidemiological discourse of the risk-taking man. Boaventura de Sousa Santos's Southern Epistemology, with its sociologies of absences and emergencies, sustains this critical perspective and proposes scientific practice that is politically committed to social justice and prioritizes popular knowledge.


Utilizando el tiempo en una composición interdisciplinaria, el concepto de riesgo epidemiológico es discutido en una comparación entre el "hombre de los riesgos" del epidemiólogo Naomar de Almeida-Filho y "el hombre lento" del geógrafo Milton Santos. La critica de Jean-François Lyotard acerca de la ciencia como discurso que desconsidera la narrativa popular es usada en la argumentación. El hombre lento resiste a la fragmentación de las identidads impuesta por la globalización, creando la solidariedad en el lugar, y el hombre de los riesgos es el de la velocidad, de la modernidad padronizadora, individualista y competitiva. El riesgo epidemiológico es pensado en la proximidad del territorio y del lugar, contraponiendo a concreción del hombre lento a la artificialidad del discurso epidemiológico habitado por el hombre de los riesgos. La Epistemologia del Sur de Boaventura de Sousa Santos, con sus sociologias de las ausencias y de las emergencias, sostiene esta perspectiva crítica, proponiendo una práctica científica políticamente comprometida con la justicia social, privilegiando el saber popular.

11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 15(supl.3): 3603-3614, nov. 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-566032

RESUMO

Os conceitos de Atenção Farmacêutica foram analisados desde a sua origem, nos Estados Unidos, e as contribuições posteriores provenientes da Espanha e do esforço de sistematização pela Organização Mundial da Saúde para compreender o processo que vem ocorrendo no Brasil. Após o abandono das farmácias comunitárias, os farmacêuticos brasileiros esperam que esse novo modelo de prática seja um caminho para o resgate do seu papel social. A filosofia que orienta a Atenção Farmacêutica, o enfoque centrado no paciente, em nosso entendimento, deve suportar filosófica e conceitualmente a reconstrução da prática farmacêutica no Brasil a fim de resgatar a relação farmacêutico-paciente nas farmácias comunitárias.


The Pharmaceutical Care concepts were analyzed from their origins in the United States and the later contributions which came from Spain and from the effort of sistematization by the World Health Organization to understand the processs that has been happening in Brasil. After the abandon of the communitarian pharmacy, the Brazilian pharmacists hope that this new model of practicing is the way to get back his/her social role. The philosophy which directs the Pharmaceutical Care, having the focus on patient, in our understanding, must support philosophical and conceptually the rebuilding of pharmaceutical practicing in Brazil in order to get back the lost relation between the pharmacist and patient at communitarian pharmacy.


Assuntos
Humanos , Assistência Farmacêutica , Brasil , Modelos Teóricos , Assistência Farmacêutica/normas , Relações Profissional-Paciente
12.
Clinics ; 61(5): 409-416, Oct. 2006. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-436765

RESUMO

BACKGROUND: Nonsteroidal anti-inflammatory drugs are widely used in Brazil in spite of the known risks associated with their use, but investigation of their side effects conducted in this country has been far from sufficient. This study investigates the use of NSAIDs among patients undergoing upper endoscopy in the Hospital das Clínicas of the Federal University of Minas Gerais and the association of this use with the endoscopic diagnosis of gastric erosions, gastric erosions with hematin pigmentation, and gastric ulcer. METHODS: The cross-sectional methodological approach was used; 533 patients aged 17 or older were interviewed, between June and December, 2000. Data were submitted to bivariate and multivariate analyses. RESULTS: More than two thirds of the interviewed population reported the use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs in a period of 1 month before the upper endoscopy. The most used nonsteroidal anti-inflammatory drugs were acetylsalicylic acid and diclofenac. An association was clearly shown between the use of these drugs and the occurrence of the studied lesions, with the latter attaining significance. There was also a significant association between nonsteroidal anti-inflammatory drugs use for a period greater than 15 days and the occurrence of the gastric lesions, with a higher odds ratio than for the other comparisons. CONCLUSIONS: The results suggest that nonsteroidal anti-inflammatory drugs have a significant association with the occurrence of the gastric lesions and point to the need of further study of this issue in Brazil.


INTRODUÇÃO: No Brasil são bastante evidentes os riscos associados ao uso de medicamentos. No entanto, tal questão não é devidamente privilegiada no campo da investigação científica. O presente estudo se refere ao uso de antiinflamatórios não-esteróides, fármacos amplamente utilizados no país. O objetivo foi investigar o uso de antiinflamatórios não-esteróides entre pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e sua associação com a ocorrência de erosões gástricas, erosões gástricas com pigmento de hematina e úlcera gástrica. MÉTODOS: Estudo transversal em que 533 pacientes com idade igual ou superior a 17 anos foram entrevistados no período de junho a dezembro de 2000. Os dados foram submetidos às análises bivariada e multivariada. RESULTADOS: Mais de dois terços da população entrevistada relatou o uso de antiinflamatórios não-esteróides no período de um mês anterior à endoscopia digestiva alta. Os antiinflamatórios mais utilizados foram o ácido acetilsalicílico e o diclofenaco. Evidenciou-se uma associação positiva e significativa entre o uso desses fármacos e a ocorrência das lesões em questão. Ao se avaliar a associação entre o uso de antiinflamatórios não-esteróides por um período superior a 15 dias e a ocorrência das lesões gástricas, esta foi positiva e significativa, apresentado odds ratio superiores àqueles apresentados para as associações anteriores. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que os antiinflamatórios não-esteróides têm uma associação significativa com a ocorrência de lesões gástricas e apontam para a necessidade de aprofundamento no estudo desta questão no Brasil.


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Anti-Inflamatórios não Esteroides/efeitos adversos , Uso de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Úlcera Duodenal/induzido quimicamente , Endoscopia Gastrointestinal , Mucosa Gástrica/lesões , Úlcera Gástrica/induzido quimicamente , Anti-Inflamatórios não Esteroides/administração & dosagem , Aspirina/administração & dosagem , Aspirina/efeitos adversos , Brasil/epidemiologia , Diclofenaco/administração & dosagem , Diclofenaco/efeitos adversos , Úlcera Duodenal/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Mucosa Gástrica/efeitos dos fármacos , Hemina/química , Hospitais Universitários/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Úlcera Gástrica/epidemiologia
13.
Rev. bras. epidemiol ; 8(3): 306-315, set. 2005. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-416020

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados ao uso de AINE por pacientes submetidos a endoscopia digestiva alta no Hospital das Clínicas da UFMG. MÉTODOS: Estudo transversal de uma amostra de 533 pacientes com idade igual ou superior a 17 anos, com endoscopia previamente marcada na Seção de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas. Foram considerados quatro grupos de variáveis exploratórias: sociodemográficas, relacionadas aos hábitos de vida, relacionadas à história de morbidades e relacionadas ao uso de medicamentos. Os dados foram submetidos às análises estatísticas bivariada e multivariada. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Entre os entrevistados, 34,1 por cento relataram algum uso de AINE no período de 1 mês anterior à realização da endoscopia. Os AINE mais utilizados foram o ácido acetilsalicílico e o diclofenaco. Os fatores associados ao uso de AINE foram: sexo feminino (OR = 2,07; IC 95 por cento = 1,28-3,34), renda igual ou superior a 3 salários mínimos (OR = 3,20; IC 95 por cento = 1,74-5,90), uso de álcool (OR = 2,43; IC 95 por cento = 1,39-4,24), presença de sintomas gastrintestinais (OR = 1,82; IC 95 por cento = 1,18-2,80), uso regular de 4 ou mais medicamentos (OR = 4,33; IC 95 por cento = 2,49-7,54) e história prévia de úlcera e/ou hemorragia digestiva (OR = 0,40; IC 95 por cento = 0,22-0,75). Estes resultados mostram semelhanças aos observados em países desenvolvidos. Além disso, alertam para a necessidade de maior atenção por profissionais de saúde para com os subgrupos de uso evidenciados.


Assuntos
Anti-Inflamatórios não Esteroides , Endoscopia do Sistema Digestório , Farmacoepidemiologia , Prevalência
14.
Rev. ciênc. farm ; 23(2): 175-198, 2002. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-342402

RESUMO

A presente revisão aborda a questão das reações adversas gastrintestinais aos antiinflamatórios não-esteróides no âmbito da farmacoepidemiologia. Estas reações expressam como sintomas (dor epigástrica, náusea, entre outros), lesões (erosões e úlceras gastroduodenais) e complicações (hemorragia digestiva e perfurações), e são alvo de pesquisas farmacoepidemiológicas ao nível internacional, dada a extensa utilização dessa classe de medicamentos. No Brasil, a farmacoepidemiologia ainda constitui um campo de pesquisa científica em construção, fato que reforça a necessidade de se intensificarem os estudos nesta área, diante da complexidade que envolve a utilização de medicamentos no país.


Assuntos
Humanos , Anti-Inflamatórios não Esteroides , Sistema Digestório , Farmacoepidemiologia , Acetatos , Anti-Inflamatórios não Esteroides , Dipirona , Uso de Medicamentos , Fenoprofeno , Naproxeno , Piroxicam , Salicilatos
15.
Rio de Janeiro; s.n; 1999. 166 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-256689

RESUMO

Discute a percepçao do tempo pela epidemiologia. Esta ciência utiliza o tempo na definiçao de seus conceitos fundamentais. Visualizando, porém, a orientaçao tempo-lugar-pessoa, se percebe que espaço e populaçao têm sido discutidos pela disciplina e o tempo nao. No capítulo I sao apresentadas as concepçoes de tempo na física de Ilya Prigogine, na história de Fernand Braudel e na geografia de Milton Santos. É um núcleo conceitual do trabalho, um movimento externo à epidemiologia cujo objetivo é encher uma idéia de tempo que dê sentido à discussao do tempo epidemiológico. No capítulo II sao discutidas as infecçoes emergentes. Sao consideradas numa perspectiva totalizante e complexa que evidencia sua contextualizaçao histórica e social e suas relaçoes com a globalizaçao do capital. Apresenta a visao do historiador Mirko Grmek sobre estas doenças. É uma concepçao interessante para a epidemiologia porque tem marcante envolvimento com o tempo. Discute sobre as infecçoes emergentes, permite apontar problemas relativos ao tempo do conhecimento epidemiológico dominante. O capítulo III se inicia com informaçoes filosóficas e científicas sobre o tempo. Apresenta a formaçao histórica da epidemiologia hegemônica. Ao final, quando se discute as relaçoes entre epidemiologia e tempo, sao usadas as informaçoes elaboradas no trabalho para apresentaçao de uma taxonomia crítica do tempo usado pela epidemiologia hegemônica. É um tempo positivista, absoluto, instantaneizado, linear e reversível, que nao reconhece as dimensoes sociais e histórica do processo saúde/doença das populaçoes humanas. Esta caracterizaçao epistemológica compoe o projeto científico moderno de anulaçao do tempo e da história. Um tempo assim caracterizado é concordante também com a velocidade que integra o contexto social e cultural produzido pela globalizaçao do capital. O tempo se mostra útil para uma abordagem interdisciplinar das questoes epidemiológicas e possibilita um exame crítico da epidemiologia.


Assuntos
Epidemiologia , Percepção do Tempo , Processo Saúde-Doença
16.
Cad. saúde pública ; 13(1): 7-36, jan.-mar. 1997.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-195713

RESUMO

Apresenta uma abordagem acerca do tempo enquanto categoria científica para a epidemiologia. A partir do aforismo tempo-lugar-pessoa, o tempo é apontado como elemento pouco pensado pela epidemiologia, embora esteja presente em vários dos seus conceitos. No entanto, o tema tem sido objeto de reflexäo importante na movimentaçäo recente de várias disciplinas, tais como a história, a geografia, a biologia e a física, e deve por isto representar para a epidemiologia um ponto de vista interessante, tanto no que concerne ao diálogo interdisciplinar quanto ao estabelecimento de um olhar crítico voltado para a própria disciplina. Com o objetivo de argumentar a respeito destes aspectos, apresenta-se o tempo histórico de Fernand Braudel e o tempo físico de Ilya Prigogine, construçöes teóricas que seräo comparadas com um provável tempo epidemiológico. Ao final, usando a questäo das infecçöes emergentes como exemplo, faz-se consideraçöes sobre a aparente inadequaçäo epistemológica do tempo epidemiológico para reconhecer e lidar com os aspectos sociais e históricos envolvidos na complexidade do adoecer humano coletivo.


Assuntos
Epidemiologia Descritiva
17.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 3(2): 217-36, jul.-out. 1996.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-207696

RESUMO

Abordagem sobre epidemiologia e tempo social, tendo como objetivo argumentar sobre a importância do ponto de vista do tempo para a epidemiologia. O tempo é um elemento pouco refletido teoricamente pela disciplina, embora participe de seus conceitos principais. Com a utilizaçäo de aportes da história e da geografia, säo apresentadas notas históricas sobre o tempo social imposto pelo capitalismo globalizado e suas implicaçöes na saúde das populaçöes humanas. A velocidade/aceleraçäo temporal das sociedades contemporâneas e suas relaçöes com as infecçöes emergentes é discutida. Ao final, säo desenvolvidas algumas consideraçöes críticas sobre os conceitos de tempo social e um provável tempo epidemiológico


Assuntos
Doenças Transmissíveis , Epidemiologia , Tempo
18.
Cad. saúde pública ; 9(3): 349-63, jul.-set. 1993.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-128988

RESUMO

Apresenta uma abordagem histórica das representaçoes sociais de saúde e doença nos moldes de uma história cultural, que incorpora alguns aportes da história das mentalidades da escola francesa dos "Annales". Trata de uma abordagem que busca a "longue duree", o tempo longo da história onde as permanências sao mais evidentes que as mudanças. Na introduçao é feita uma argumentaçao sobre a procedência do enfoque escolhido e, num momento seguinte, o texto persegue a caracterizaçao das representaçoes de saúde e doença. Nesta perspectiva resistem vestígios imemoriais, elementos por vezes inconscientes que constituem as mentalidades, conformando uma história vaga, borrada, lenta, impregnada de permanências de origem remota onde se interpenetram a ciência da história, a antropologia e a psicologia


Assuntos
Processo Saúde-Doença , Antropologia
19.
Rio de Janeiro; s.n; 1992. 136 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-135331

RESUMO

O trabalho, um ensaio, uma abordagem crítica que se pretende interdisciplinar, se inscreve na área de utilizaçäo do medicamento. Busca, a partir da inspiraçäo no corpo teórico da história nova, apontar indícios da participaçäo de permanências culturais, mentalidades, no uso do medicamento alopático moderno. Em sua introduçäo afirma e descreve esta base teórica; na seçäo seguinte traça uma história das representaçoes do complexo saúde-doença e da terapêutica até o nascimento do medicamento moderno; e, ao final, discute a produçäo e o uso do medicamento e aponta a participaçäo das permanências culturais neste uso, através de uma leitura da prática da prescriçäo médica e das mençoes na propaganda. Assinala a contradiçäo entre a requisiçäo da exclusividade da pureza técnica na utilizaçäo desta modalidade de terapêutica, pleiteada por parte da medicina científica contemporânea e da indústria farmacêutica, e a sua prática fatual.


Assuntos
Práticas Alopáticas/história , Uso de Medicamentos
20.
Rio de Janeiro; Associaçäo Brasileira de Pós-Graduaçäo em Saúde Coletiva; 1990. 431 p.
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-127350

RESUMO

Relata a experiência de grupo de trabalho que aborda o ensino da epidemiologia. Os participantes apresentaram os programas de ensino/pesquisa/extensäo de serviços de suas unidades e relataram experiências que foram enumeradas em tópicos, podendo ser entendidas como diagnóstico da situaçäo atual. Reflexöes e recomendaçöes sobre o tema foram expostas (AMSB)


Assuntos
Epidemiologia/educação , Brasil , Educação de Pós-Graduação , Educação Médica , Internato e Residência
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA